Os Marginais vão ao Cinema

 Olá minhas queridas leitoras... Eu sei, eu sei, vocês devem estar pensando como eu posso vir aqui com a maior simpatia, falando como se nada tivesse acontecido, sem ao menos explicar a minha, ou melhor, a nossa longa ausência.
   Vou contar o que passou, bem, depois de um período levemente conturbado na Bahia, Eu, as crianças e o Oswaldo voltamos para São Paulo. A Júlia deu uns trabalhinhos no final do ano passado, pegou depê de uma matéria lá na faculdade e foi aquela discussão aqui em casa, vamos ter que pagar mais essa matéria, como se a mensalidade já não fosse um absurdo, mas apesar de tudo isso ela vai conseguir se formar no tempo previsto.
   A Shirley teve um momento conturbado com o irmão caçula, que tem problemas com drogas e a mãe dela inventou dele passar uns tempos na casa dela, como se ela tivesse cara de psiquiatra, pastora de igreja, mas ele já foi embora, depois de muita perturbação para a pobrezinha algumas visitas indesejáveis, de coxinhas e marginais ele finalmente voltou para o seio materno.
   A Cláudia teve um momento de quase separação com o Jorge, mas eu, como boa cunhada e espírita, levei a palavra do evangelho à eles e tudo se resolveu, graças a união familiar e claro aos sábios conselhos da Shirley.
   Falando em Shirley, hoje nós fomos ao cinema, precisávamos de um momento amigas depois de tantos desalentos do ano passado, estava tudo bem, ela encontrou algumas amigas do clube de bordado e eu alguns colegas do centro espírita, ah, antes gostaria de explicar que essas sessões que as vezes vamos são maravilhosas, porque só vão pessoas decentes, senhoras e senhores distintos e bem apessoados, quer dizer, quase sempre... Por exemplo, hoje, chegaram uns jovens, mal vestidos, com chinelos e shorts de praia, verdadeiro marginais (me pergunto onde estão os pais desses jovens), isso é que dá fazer sessões a preços populares. Uma dessas, jovenzinha cheinha, sentou-se atrás de Dona Isaltina, uma senhora com um coração de ouro, lá do centro, um amorzinho ela, não se conteve, até ela perdeu a paciência com a tal garota que estava com a pernoca gorda dobrada próxima a cabeça dela. Soltou um sonoro : "Êh, perna hein!" Com razão. Ai, o filme foi lindo, se chama De Coração Partido, eu a Shirley choramos horrores, e aqueles marginais horríveis ficavam gargalhando e tirando sarro de algumas cenas: insensíveis!!! Essas pessoas deveriam ser proibidas de frequentar lugares de gente de bem.

                                          Uma das cenas mais emocionantes do filme ... aiai!


  Mas enfim, minhas queridas leitoras, agora que voltamos postaremos com mais frequência, para o deleite de vocês! E lembrem-se... muito cuidado com o tipo de gente que frequenta seus ambientes de lazer
Com amor e carinho
Deisy